Fábula do Porco-espinho

Tenho andado meio sem tempo e completamente sem criatividade, e com isso deixei o blog de lado. Mas agora, olhando meus arquivos aqui no pc, encontrei uma fábula que gosto muito e resolvi colocar aqui xD

A fábula do
Porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

I'm re-created !

São três horas da manhã, a cara amassada, alguém fuma um cigarro barato, não mais barato que o vinho, impossivel; eu ainda desfilava em meu vestido preto, sou eu, sou água, sou sede, e sou saliva, as vezes, sou suor.
Sentar é pra medíocres, o chão - frio e sujo - permite uma melhor vista pra Lua ... e é tanta luz.
E hoje, essa luz não me traz mais dor; hoje a angústia não existe mais. Me sinto anestesiada, assim como nos velhos tempos.
E eu me recriei; e a cada segundo, novas sensações invadem meu corpo.
Me jogar em seus braços, é o que eu anseio.
Pode me sentir ?
Sim, eu posso realizar todos os seus sonhos, mas e você ?
Estaria você, disposto a se envolver ?
Você se jogaria de cabeça ? Jogaria o meu jogo ?
Vamos para esse chão frio, admirando o luar na madrugada...
Seus olhos fixos nos meus, nossos lábios se tocam, sua mão na minha cintura, e minhas unhas arranhando suas costas... (...)
E adormecemos...
E numa tarde de domingo, lá estaremos nós.
Ressaca do dia anterior, maquiagem borrada, pontas de cigarro pelo chão, sua voz rouca no meu ouvido, e um calafrio.

If I could fly

Sem medo, sem dor
Niguém mais para culpar
Eu irei tentar sozinho
Traçar meu próprio destino
Eu aprendo a libertar minha mente
Agora eu preciso me encontrar
Mais uma vez

Se eu pudesse voar
Como o rei do céu
Não poderia tombar nem cair
Eu fotografaria tudo isso
Se eu pudesse voar
Ver o mundo diante dos meus olhos
Não iria tropeçar nem falhar
Para os céus eu velejo
Se eu pudesse voar

Então, aqui estou eu
Em solidão eu espero
Eu tenho sonhos por dentro
Eu preciso compreender
Minha fé nasceu
Sem medo do desconhecido
Não mais


(...)
(If I could fly - Helloween)



Afinal, quem nunca sonhou em voar ? Em se sentir inatingível. Se sentir imenso em relação ao resto do mundo ?
Parece perfeito!
Um lugar onde nada poderia nos machucar, onde nada poderia prender nossos pensamentos.
Um lugar pra se libertar! Seria perfeito, não ?
Voando livre e leve, sobrevoando montanhas, mares, e toda uma imensidão... Imensidão talvez comparada ao tamanho dos sentimentos rondando minha cabeça.
Sentimentos intensos, e acima de tudo sinceros...
Se eu voasse, eu encontraria alguém que me fizesse bem, alguém à quem amar, e levaria comigo mundo a fora! E o sonho estaria completo...
Mas eu não posso voar...
Nós não podemos...
Mas eu não desisto! Eu sei que consigo voar! Consigo voar com a minha mente, e ela flutua leve, em direção ao infinito do céu; lá vou encontrar as estrelas, dançar na Lua, e sim, eu me sentirei completa...
Meu sonho se consume assim como as chamas que ardem no meu peito a cada segundo em que me afasto...
A vida continua, e eu não vou desistir.
Vamos voar juntos ? Encontraremos o paraíso além das montanhas, depois dos mares, acima do arco-íris; vamos ser somente nós, e nada vai mudar o que eu sinto por dentro, e esse vazio irá se esvair, assim como as nuvens após a tempestade!

"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."

- Friedrich Nietzsche

Um dia claro e uma mente sem lembranças.

Hoje eu acordei, como todos os dias, abri minha janela, e vi a luz do Sol entrando em meu quarto. Uma luz forte e pura, que fez meus olhos se fecharem novamente; sim, é verdade, eu não consigo mais estar na luz!
Minha cabeça girando, meu corpo frio, meu coração vazio; e é como se nada pudesse me trazer de volta!
Eu sinto falta do inverno, sinto falta do sangue quente que corria em minhas veias.
Onde estaria minha felicidade ? Estou entregue a ponto de estar sempre só.
Sinto falta do vento vindo em direção ao meu rosto, do cheiro das flores nos dias de primavera. Queria novamente sentir-me como uma criança, que se alegra com a simplicidade da vida, e que não se abala nem diante aos piores problemas!
Mas agora, eu me pergunto, será que essa felicidade plena existe de verdade ?
Estou me destruindo aos poucos, física e mentalmente, e ninguém mais pode me ajudar.
Poderia você me trazer de volta à vida ? Estou me rendendo ao meu pecado.
Me sinto fria e vazia, e nenhuma droga alivia minha dor.
Estou sangrando novamente, buscando um salvador; buscando forças dentro da minha mente sem lembranças.

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